Hidrografia do Ceará

Hidrografia do Ceará

O território cearense é dividido em doze bacias hidrográficas, a hidrografia do Ceará leva em consideração a divisão da grande bacia do rio Jaguaribe em Alto, Médio e Baixo Jaguaribe.

A Bacia do Rio Jaguaribe compreende mais de 50% do estado com seus 633 km de extensão. E os dois maiores reservatórios de água do Ceará são barragens que represam o Jaguaribe, o Açude Orós e Açude Castanhão.

Mas a hidrografia do Ceará não fica só nisso. Vamos acompanhar o texto que fala sobre os principais rios e açudes.

As respectivas capacidades de armazenamento de 2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. O Açude Castanhão é, ainda, o maior açude do país e que abastece Fortaleza. Os afluentes mais importantes do rio Jaguaribe são os rios Salgado e Banabuiú.

A hidrografia do Ceará é composta pela Bacia do Rio Jaguaribe, Bacia do Rio Acaraú, Bacia do Rio Curu, Bacia do Rio Coreaú, Bacia do Rio Parnaíba, Bacia Metropolitana, Bacias do Litoral e Bacia do Rio Jaguaribe.

Rios do Ceará

O principal rio do Ceará é o Jaguaribe, cuja bacia que drena todo o sul, o centro e o leste do estado. O norte é banhado por pequenos rios independentes, entre os quais o Coreaú, o Acaraú e o Aracatiaçu. Todos os rios do Ceará são temporários, pois “cortam” na estação das secas, isto é, secam.

Há uma predominância de rios intermitentes. Os principais rios perenizados são: Jaguaribe, Acaraú e o Curu.
O território cearense é dividido em vários rios, sendo o maior deles o Rio Jaguaribe. Sua bacia hidrográfica compreende mais de 50% do estado.

O rio tem 610 km de extensão. Os dois maiores reservatórios de água do Ceará são barragens que represam o Jaguaribe: Açude Orós e Açude Castanhão com as respectivas capacidades de armazenamento 2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos. Os afluentes mais importantes do rio Jaguaribe são os rios Salgado e Banabuiú

Principal rio: Rio Jaguaribe

O Jaguaribe é um rio localizado no estado do Ceará. Seu nome tem origem indígena. Em tupi, Jaguaribe significa “no rio das onças”. É o maior e mais importante rio do estado do Ceará. As águas de sua bacia beneficiam 81 municípios.

Açudes do Ceará

Dentre os açudes construídos no estado, os maiores são os de Orós, no Jaguaribe, e de Banabuiú, no rio do mesmo nome. A capacidade de armazenamento de água atinge 7,8 bilhões de metros cúbicos, mas a utilização dos açudes na irrigação ainda é reduzida. Ainda é bastante afetada pela má regularidade das chuvas. Também apontam as condições geológicas das áreas onde estão as bacias hidrográficas dos rios cearenses.

Maior e mais importante bacia do Ceará onde o principal rio é o Jaguaribe com nascente na Serra da Joaninha (Tauá), percorrendo cerca de 610 km. Principais afluentes – Salgado, Quixeramobim, Banabuiú e Palhano. Açudes – Orós, Banabuiú, Pedras Brancas, Trussu, Cedro e Castanhão.

Canais

Outro sistema hídrico que compõe a matriz que garante a segurança hídrica da RMF, são os canais de adução, num total de 04 canais com uma extensão total de 160 km.

  • CANAL DO TRABALHADOR:

Com uma extensão de 102 km, mais 03 km de canal de aproximação, tendo uma capacidade máxima de adução na ordem de 6 m3/s. O mesmo inicia-se no município de Itaiçabaaté alcançar o açude Pacajus, seu destino final. Atualmente o canal opera com apenas 01 conjunto eletrobomba, recalcando uma vazão de 0,5 m3/s, que atende uma população de 24.000 pessoas nos distritos ao longo do canal, além de atender uma área irrigada em torno de 1.500 ha e pequenas propriedades com agricultura familiar.

  • CANAL DO ERERÊ:

Esse canal tem a função de interligar o açude Pacajus ao sistema Pacoti-Riachão-Gavião, os reservatórios responsáveis pelo abastecimento da RMF. O canal tem uma extensão de 11 km e no ano de 2006 passou por uma reforma que incrementou seu poder de adução de 6 m3/s para até 11 m3/s.
Canais

  • CANAL RIACHÃO-GAVIÃO:

Esse canal leva a água transferida do sistema Pacoti – Riachão para o seu destino final que é o açude Gavião, onde a Companhia de Água e Esgoto do Ceará – CAGECE tem sua estação de tratamento de água – ETA. O canal foi todo escavado em rocha, com uma extensão de 5,6 km e apresenta um túnel de 1,2 km. Com capacidade máxima de vazão de aproximadamente 27 m3/s. Um novo canal/Túnel foi construído ao lado do existente como parte do novo canal de transferência, o Eixão das Águas.

Novo túnel do trecho IV do Eixão das Águas no canal Riachão – Gavião

  • CANAL DO PECÉM:

Concluído no ano 2000, foi construído para atender o complexo portuário do Pecém e a população ao longo do mesmo. Tem uma capacidade de adução de 2,2 m3/s e uma extensão de 26 km. Inicia-se no açude Sítios Novos, localizado no município de Caucaia, terminando na Estação de Bombeamento do Pecém.

  • CANAL EIXÃO DAS ÁGUAS:

A maior obra hídrica do Estado nos últimos anos que não somente garantirá a transferência de água do açude Castanhão para as Bacias Metropolitanas, bem como mostra que o Estado do Ceará já se encontra pronto para receber a transferência de água do Rio São Francisco do ambicioso projeto que dará sustentabilidade para toda parte semi-árida do Estado, proporcionando não somente o desenvolvimento econômico, mas social.

O canal apresenta 05 trechos bem distintos, dos quais 03 estarão sob a gerência das Bacias Metropolitanas, ou seja, os trecho 03, 04 e 05, este último todo em tubos de aço com 04 estações elevatórias que garantirá água para alguns municípios da RMF, bem como para todo o CPP – Complexo Portuário do Pecém.

a-se de uma obra moderna, com sistema de automação e monitoramento das vazões liberadas, proporcionando uma gestão eficiente desse sistema hídrico.

Bacia do Rio Acaraú

Nasce na Serra das Matas, um dos pontos mais altos da região. Saindo de Monsenhor Tabosa, em pleno sertão, percorre 320 quilômetros. Corta Sobral, uma das cidades mais importantes do Ceará. Banha 18 municípios e chega ao mar, em Acaraú.

Nessas regiões, as chuvas são restritas e, por causa do calor, a evaporação é altíssima. Conclusão: evapora muito mais do que chove e a água some dos leitos. A terceira e última nascente fica a mais de mil metros de altitude, em São Gonçalo.

A maior parte da bacia está situada em região de clima tropical quente semiárido, sendo que apenas uma pequena porção (na base da Chapada da Ibiapaba) apresenta clima tropical quente semiárido brando[4]. A pluviometria, portanto, é baixa com volumes de chuva que vão de 500 a 1 000 mm em praticamente toda a sua área.

Bacia do Rio Curu

O Rio Curu é um rio brasileiro que banha o estado do Ceará. Nasce na região montanhosa formada pelas serras do Céu, da Imburana e do Lucas, localizadas no município de Canindé. Sua foz está na divisa de Paracuru e Paraipaba.

Além destes, o rio Curu banha mais seis municípios: Paramoti, General Sampaio, Apuiarés, Pentecoste, São Luís do Curu e São Gonçalo do Amarante. É a fonte hídrica para diversos projetos de irrigação, especialmente o de Paraibaba.

Está totalmente inserido em uma região semi-árida, ou seja, é um rio temporário com débito sujeito às variações pluviométricas típicas da região, que é marcada por um período chuvoso que vai de fevereiro a maio e um período seco que vai de junho a janeiro. Contudo seu leito é perenizado a partir do açude General Sampaio e Pentecoste.

Bacia do Rio Coreaú

Primitivamente Curuayú, de curiá (ave aquática de pequeno porte) + iú (do verbo beber), donde se forma bebedouro dos curiás. Segundo Silveira Bueno1, curiá=pato pequeno, ou marreco, e u=água, rio, portanto, rio dos marrecos. Derivado da mesma origem, existe o rio Curiaú, no estado do Amapá.

Está totalmente inserido em uma região de clima semi-árido bando e tropical quente subúmido, ou seja, é um rio temporário com débito sujeito às variações pluviométricas típicas da região, que é marcada por um período chuvoso que vai de janeiro a maio e um período seco que vai de junho a dezembro.

Bacia do Rio Parnaíba

O rio Parnaíba, também conhecido como Velho Monge, é um curso de água que divide politicamente os estados do Maranhão e do Piauí. É o maior rio genuinamente nordestino sendo navegável em toda sua extensão.

Na altura do município piauiense de Guadalupe, no Médio Parnaíba, existe a Barragem de Boa Esperança, que faz parte da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, construída pelo presidente Castelo Branco. A usina é parte integrante do sistema Companhia Hidrelétrica do São Francisco. É a mais importante do Nordeste Ocidental brasileiro e represa cinco bilhões de metros cúbicos de água do rio Parnaíba.

O açude vem prestando alguns benefícios à população, permitindo a criação de peixes e regulando o regime de cheias do rio (evitando as grandes enchentes que deixam desabrigados, em sua maioria, a população ribeirinha residentes nas margens mais baixas da capital Teresina), apesar de contribuir para o assoreamento que prejudica principalmente a microrregião do Baixo Parnaíba Piauiense.

O rio nasce nos contrafortes da chapada das Mangabeiras, sul dos estados do Maranhão e Piauí, que, atualmente, é preservada pelo Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. O rio nasce numa altitude de setecentos metros, da confluência principalmente de três cursos d’água: o Água Quente, na divisa do Piauí com o Maranhão, o Curriola e o Lontra, no Piauí. Percorre cerca de 1 450 km até sua desembocadura no oceano Atlântico.

Compreende três cursos:

Alto Parnaíba – das nascentes até a Barragem de Boa Esperança;
Médio Parnaíba – da barragem até a foz do rio Poti em Teresina;
Baixo Parnaíba – desta foz até o oceano Atlântico.

O rio Parnaíba situa-se em uma área de transição entre o Nordeste árido, com vegetação pobre e a Amazônia, coberta de florestas, denominada Meio-Norte do Brasil. O rio Parnaíba banha 22 municípios do Maranhão e 20 do Piauí. O regime do Parnaíba é pluvial, como quase todos os rios e bacias brasileiras.

Bacia Metropolitana

Tem uma área de drenagem de 15.085 km², correspondente a 10,18% do território cearense, sendo uma região hidrográfica formada por 16 bacias independentes. Abriga o mais importante centro consumidor de água do Estado, que é a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), cuja disponibilidade hídrica tem sido insuficiente para o atendimento da população e suprimento de todas as atividades econômicas.

Necessita-se, então, importar água de outras bacias hidrográficas, principalmente, pelas transposições Jaguaribe/RMF, através do Canal do Trabalhador e do Eixo Castanhão/RMF. Esta bacia é composta por 31 municípios e apresenta uma capacidade de acumulação de águas superficiais de 1.325.344.000 m³, num total de 14 açudes públicos gerenciados pela COGERH.

Municípios que compõem as Bacias Hidrográficas Metropolitanas (Hidrografia no Ceará):

1. Acarape;
2. Aquiraz;
3. Aracoiaba;
4. Aratuba;
5. Barreira;
6. Baturité;
7. Beberibe;
8. Capistrano;
9. Cascavel;
10. Caucaia;
11. Choró;
12. Chorozinho;
13. Eusébio;
14. Fortaleza;
15. Guaramiranga;
16. Guaiúba;
17. Horizonte;
18. Ibaretama;
20. Itaitinga;
21. Itapiúna;
22. Maracanaú;
23. Maranguape;
24. Mulungu;
25. Ocara;
26. Pacajus;
27. Pacatuba;
28. Pacoti;
29. Palmácia;
30. Pindoretama;
31. Redenção;
32. São Gonçalo do Amarante.

Bacias do Litoral

Tem uma área de drenagem de 8.472,77 km², correspondente a 6% do território cearense, engloba um conjunto de bacias independentes compreendidas entre as do Curu e Acaraú, variando de quase 155 km² (Riacho Zumbi) até 3.450 km² (Rio Aracatiaçu).

Esta Bacia abrange, total ou parcialmente, 15 municípios e apresenta uma capacidade de acumulação de águas superficiais de 98.290.000 m³, num total de 10 açudes públicos gerenciados pela COGERH. Os lagos e as lagoas existentes na bacia do Litoral ocorrem principalmente devido a extensa faixa litorânea e pela predominância de um relevo muito suave e de baixa altitude.

Municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Litoral (Hidrografia do Ceará):

1. Acaraú;
2. Amontada;
3. Irauçuba;
4. Itapipoca;
5. Itarema;
6. Marco;
7. Miraíma;
8. Morrinhos;
9. Paraipaba;
10. Santana do Acaraú;
11. Sobral;
12. Trairi;
13. Tururu;
14. Umirim;
15. Uruburetama.

Águas subterrâneas

O monitoramento integrado das águas subterrâneas deve prover informações sobre a qualidade e dinâmica do aquífero em relação as variações sazonais e efeitos antrópicos, utilizando-se de poços tubulares e piezométricos para coleta de amostras de água nos diversos empreendimentos.

Este monitoramento é fundamental para subsidiar as ações de controle da poluição ambiental e gestão deste recurso hídrico. Os resultados do monitoramento de qualidade, possibilitam o estabelecimento de Valores de Referência de Qualidade (VRQs) por aquíferos no Estado, subsidiando o enquadramento das águas subterrâneas, conforme as classes definidas na Resolução Conama 396/08.

As informações sobre a qualidade, os usos da água e capacidade de armazenamento, explotação e recarga dos aquíferos são componentes essenciais para o entendimento, proteção e otimização do uso do recurso hídrico subterrâneo.

A água de melhor qualidade está em regiões de rochas sedimentares, onde a permeabilidade é enorme (Chapada do Araripe, Planalto da Ibiapaba, Chapada do Apodi). Há uma falta de recursos para aproveitar o manancial hídrico subterrâneo.

As outras bacias cearenses são a do rio Acaraú, com um dos maiores reservatórios do estado; do rio Banabuiú; do rio Coreaú; do rio Curu; bacia do litoral. Ela drena boa parte da costa norte e oeste, na qual os principais rios são Aracatiaçu, Aracatimirim, Mundaú e Trairi; da Região Metropolitana. Nela estão os principais rios são Ceará, Cocó, Pacoti e Choró; da Serra de Ibiapaba; do rio Parnaíba e a do rio Salgado.

Faixas litorâneas

O Ceará possui uma das mais importantes e maiores faixas litorâneas do país. Do ponto de vista turístico, ela se estende por 573 km, nos quais predominam os mangues e restingas, vegetação litorânea típica, além de áreas com pouca vegetação cobertas por dunas.

Mesmo com baixas altitudes, a pluviosidade e a umidade são maiores que na Depressão Sertaneja. As temperaturas médias variam em média de 22 °C a 32 °C.

E a planície litorânea possui geografia diversificada, ainda faz com que o estado possua muitas praias com coqueirais, dunas e barreiras (também chamadas falésias).

Essas, são paredões sedimentares que acompanham a faixa da costa e, em alguns locais, possuem tons coloridos. Também possuem áreas alagadas de manguezal, nos quais há grande biodiversidade.

As praias mais famosas do Ceará são a Praia de Jericoacoara, a Praia de Canoa Quebrada e a Praia do Porto das Dunas.

Elas se destacaram por terem alcançado fama internacional.

Outras praias que são destaque na hidrografia do Ceará

Regionalmente, outras praias de destaque são a Praia das Fontes, Morro Branco, Icaraí, Presídio, Baleia, Flecheiras, Cumbuco, Ponta Grossa, Lagoinha e Barra do Cauipe.

O litoral cearense é atravessado por duas rodovias, chamadas de Costa do Sol Nascente e a Costa do Sol Poente, que, a partir de Fortaleza, direcionam-se para o litoral leste e oeste, respectivamente.

Quer saber mais sobre a hidrografia do Ceará? Veja o volume armazenado de água nos reservatórios do Ceará no site do Portal Hidrológico do Ceará.

 

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